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Boi gordo: preços da arroba disparam com restrição de oferta

O mercado físico de boi gordo voltou a ter preços acentuadamente mais altos nesta quarta-feira (10). De acordo com o analista Fernando Henrique Iglesias, da consultoria Safras & Mercado, esse movimento “nada mais é que um reflexo da rápida diminuição da oferta de animais terminados, prontos para o abate, nas principais regiões produtoras do país”.

Conforme Iglesias, os frigoríficos passaram a operar com escalas de abate encurtadas e foram obrigados a realizar agressivo aumento dos preços de compra. Por outro lado, os preços da carne bovina não apresentam movimento similar.

“Outro aspecto a ser considerado é que ainda há importante volume de carne bovina estocada em câmaras frias. Sem uma perspectiva de retomada das compras por parte da China, é possível que a indústria frigorífica disponibilize essa carga nos meses de novembro e dezembro, período que conta com maior apelo ao consumo, o que tem potencial para produzir nova inversão dos preços do boi gordo, mesmo no período de maior demanda no ano”, disse o analista.

De acordo com a Safras, em São Paulo, capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 293 na modalidade a prazo, contra R$ 278 na terça-feira (9). Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 280, contra R$ 265. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 289, ante R$ 277.

Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 260, contra R$ 253 no fechamento anterior. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 290 por arroba, ante R$ 280.

Atacado

Já os preços da carne bovina ficaram estáveis no atacado. “É importante reforçar que os preços da carne não acompanham o movimento de alta do boi gordo no físico, com um movimento tímido de recuperação até o momento. Somado a isso, precisa ser mencionada a situação dos frigoríficos exportadores, que mantêm grande volume de proteína animal estocada em câmaras frias, aguardando o recredenciamento da carne bovina por parte da China, situação que até o momento não aconteceu”, disse Iglesias.

Assim, o quarto dianteiro seguiu com preço de R$ 20,40 por quilo. O quarto dianteiro ainda é precificado a R$ 13,30 por quilo, e a ponta da agulha seguiu com preço de R$ 13 por quilo.

Fonte: Canal Rural.

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